quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

"As pernas não são tão bonitas.Apenas sei o que fazer com elas!


Frase pronunciada pela famosa atriz alemã Marlene Dietrich, humildemente explicando o então sucesso de suas permas mostradas no clássico O Anjo Azul (Von Sternberg) , primeiro filme alemão falado que a consagrou internacionalmente em 1931.
Von Sternberg, que já nessa época vivia nos EUA, transformou a jovem roliça num ser esbelto, misterioso e um pouco andrógino, características que ela cultivou ao longo de sua carreira de atriz e cantora, as mulheres às quais Marlene dava vida na tela eram inteligentes e independentes, assim como ela o era na vida real. Devido a estas qualidades logo os olhos aguçados o até então Führer Adolph Hitler, que pretendia usar a imagem de Marlene na propaganda nazista ela era a estrela de Hollywood que Hitler queria conquistar para fins de propaganda, e os convites se sucederam. Mas Dietrich continuou nos EUA, trabalhando com diretores como Ernst Lubitsch, Billy Wilder, Alfred Hitchcock, Orson Welles e Fritz Lang, e em 1939 tornou-se cidadã americana. Durante a Segunda Guerra, engajou-se na luta contra Hitler apresentando-se para as tropas americanas no front no norte da África e na Itália, auxiliando em hospitais e através de gravações radiofônicas. Na época ela também incluiu em seu repertório a famosa canção "Lili Marleen", que a acompanharia até o final de sua vida. Por seu engajamento durante a Guerra, a atriz recebeu condecorações dos EUA, França e Israel. Mas na Alemanha, muitos não a perdoaram pelo fato de ela retornar ao país em ruínas vestindo um uniforme americano. Em 1960, numa última visita a Berlim para uma apresentação, houve demonstrações de protesto, e manifestantes portavam faixas com os dizeres "Marlene, vá embora!". Ela viveu com esta mágoa, mas ainda assim manifestou o desejo de ser sepultada em sua cidade natal.
Morreu às vésperas de ser homenageada pelo festival de cinema de Cannes, na França, e teve seu último desejo atendido, ser sepultada em sua terra natal.

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